quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Influência das artes no fumo!!

 As artes e a propaganda estão interamente ligadas no consumo de tabaco, muitas pessoas ao verem seus artistas favoritos ou os exemplos de sua vida, fumando, acham certo e adquirem á um péssimo hábito a saúde!

O tabaco sempre muito presente em todos os tipos de arte

 Associou-se o ato de fumar à intelectualidade. Muitos escritores e filósofos eram ou são fumantes. Um exemplo bastante conhecido é Jean-Paul Sartre (1905-1980) e sua companheira Simone de Beauvoir (1908-1986), que são sempre retratados com um cigarro na mão ou na boca.

Ainda seguindo o Prof. Rosemberg, foi com o surgimento do cinema que o cigarro teve seu maior aliado e divulgador. Teve papel de destaque. No cinema mudo, os atores fumavam cigarro ou charuto, o que os ajudava a compor seus personagens. Com a evolução do cinema, esse fato persiste.

O charuto aparece nos filmes com conotação de poder e prepotência . Nos filmes de Máfia, por exemplo, os chefões são fumantes de charuto. Esse torna seus usuários poderosos e vitoriosos.
Na mulher, o cigarro está envolto de glamour, elegância e sensualidade. Atrizes famosas,
mulheres lindas apareciam segurando longas piteiras, envoltas de uma nuvem de fumaça que as tornavam misteriosas e sensuais. Sem dúvidas influenciaram muitas mulheres, passando a idéia que fumar é bonito... A mulher fatal fuma. Até hoje essa imagem persiste. Atrizes famosas veiculam sua imagem na Internet fumando cigarro ou charuto estando essa atitude ligada à elegância, contestação e graça.

O cigarro foi símbolo de liberação feminina. O cigarro passa a vender idéias de liberdade de escolha, auto-suficiência e emancipação.
Enfim num único cigarro encerra-se a idéia de desafio, intelectualidade, personalidade, liberdade, beleza, charme... Para os homens não é diferente, fumar está associado à elegância e charme. Também tem a conotação de constestação, virilidade e rebeldia...

O rebelde sem causa, o cowboy, o galã fumavam e continuam fumando... A coragem, o destemor, a audácia são sempre acompanhados de um cigarro. É o cowboy que atira sem deixar o cigarro cair da boca... o galã blasé que segura o cigarro com ar cínico ou dependurado no canto da boca... o bandido que joga fumaça na cara do opositor em tom de desafio... o moçinho que traga com voracidade em momentos de aflição... A fumaça envolve o fumante tornando-o misterioso...

Até personagens de desenhos animados são fumantes. Eles convivem com as crianças e passam o ato de fumar como algo inofensivo e simpático. Popeye é um deles. O velho marinheiro está sempre com seu cachimbo na boca, não o tira nem para falar e nem mesmo para comer o energético espinafre! O capitão Haddock, companheiro inseparável de Tintin é outro. Fuma cachimbo e é um bom apreciador de bebida...

A propaganda também passou durante décadas a idéia de que fumar é bom, saudável e torna o fumante irresistível. Passa a impressão de que fumar é um estilo de vida, algo muito tentador para o adolescente que busca modelos de identificação e formas de pertencer a um grupo. Utilizou a mulher como garota propaganda para atrair tanto os homens quanto as mulheres. As primeiras marcas de cigarro tinham nome de mulher ou tinham a foto de uma mulher na embalagem.

A propaganda financiou eventos esportivos, culturais, musicais... Fez uma
lavagem cerebral durante décadas... colhemos os frutos até hoje.
Apesar das advertências nos maços de cigarro, da propaganda direta ao cigarro ter sido proibida, a propaganda subliminar continua existindo.

Podemos dizer que, vivemos num mundo que cultuou e continua cultuando o cigarro de forma extrema. Na maioria das vezes, seu uso é passado como inofensivo, agradável, sensual, charmoso. Convivemos com essa imagem “positiva” do cigarro passada pelas gerações anteriores, pela mídia, cinema, literatura etc, desde que nascemos. Hoje em dia, apresentadores de televisão, cineastas, políticos, famosos de destaque na mídia, pessoas formadoras de opinião fumam e divulgam sua imagem associada ao uso do cigarro.
Por todos esses fatores, até hoje, muitas pessoas e profissionais de saúde ainda têm dificuldade em aceitar o cigarro como droga. O fato da nicotina não causar estragos perceptíveis, se comparada às outras drogas (efeitos psicoativos visíveis, perda de emprego, de moradia, ruína...) faz com que seu uso seja minimizado e seus efeitos também. Ela age em silêncio, com o consentimento da maioria. Não é a toa que essa frase faça tanto sentido “ O tabagismo pode ser definido como uma doença epidêmica, pediátrica, crônica, transmissível através da propaganda e publicidade” (Meirelles e Cavalcanti, in GIGLIOTTI , 2006, p.173).

Você se lembra da Marilyn Monroe fumando?
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário